quarta-feira, junho 30, 2004
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Termino hoje a minha participação neste blog. Faço-o porque, na minha opinião, este blog acabou por servir para tudo menos para aquilo que, desde determinado momento, passou a ser o seu objectivo essencial: a denúncia das mais diversas ilegalidades no jornal "O Primeiro de Janeiro", ilegalidades essas que fazem parte do dia a dia de muitas empresas portuguesas.
Sucede, no entanto, que das inúmeras visitas que este blog recebeu, apenas uma pequena minoria (à qual agradeço) soube interpretar o que aqui se estava a passar. As outras, infelizmente, mostraram-se mais interessadas em questiúnculas marginais (é jornalismo? não é jornalismo?) que apenas mostram bem a podridão que, de uma forma geral, assola este meio no nosso país... Para quem, em tantos blogs, e não apenas neste, fala da missão do jornalismo, custa-me compreender como não viram nestas denúncias uma missão para o jornalismo que tanto, numa verborreia enjoativa, apregoam.
Neste ponto faço questão de ressalvar o comportamento do Pedro Fonseca, jornalista do Público, que foi o único que, apesar de algumas trocas de palavras menos agradáveis que tivemos, compreendeu o que estava aqui em causa. Todos os outros, tanto discutiram jornalismo e, no fim, o que se viu foi praticamente todos serem péssimos jornalistas, reféns de estatutos adquiridos ou, pior ainda, de estatutos que procuram, desesperadamente, adquirir.
Alguém escreveu que podíamos estar a fazer uma revolução... Pois podíamos. E, eu, pela minha parte, fiz o mais complicado: dei os nomes às coisas e assinei com o meu próprio nome. Pus-me perante a eventualidade de vir a ser alvo de vários processos, mas como acreditava que fazia algo válido, achei que não podia, nem queria, desistir.
O tempo veio-me mostrar que muitas pessoas que participaram (com os seus comments) neste blog, não souberam como interpretar essa atitude. E interpretaram-na da pior maneira possível... Por isso, quando leio que podia estar a fazer uma revolução, respondo que sim, mas respondo também que essa revolução não surgiu porque os portugueses continuam a ser, como dizia um músico lusitano, "carneirada mole". Preferem continuar os seus debates intelectualmente esclarecidos no espaço virtual, ao invés de se unirem, de mostrarem uma real vontade de revolucionar o que está mal, de alterar o que precisa de ser mudado.
O jornalismo, neste país, continuará a ser um espelho fiel do próprio país: amorfo, sem capacidade crítica para o que verdadeiramente interessa, sem coragem para sair dos seus feudos de compradios e de lugares estabelecidos, para se unir numa causa que, para lá de todas as conjecturas, se reporta aos mais elementares direitos que a Constituição de Abril consagrou.
Esta era uma oportunidade. Foi perdida. Foi perdida porque eu, pela minha parte, recuso-me a continuar a escrever para entreter intelectuais da era virtual. Será perdida porque os meus colegas continuarão a lutar pelos seus direitos nos lugares próprios, nos tribunais. Este lugar transformou-se num pântano em que o que de pior existe na mentalidade portuguesa (mentalidade expressa nos comments e em todos as referências feitas a este Diário noutros blogs) lentamente faz submergir o que, por princípio, seria o passo primeiro para que todas as coisas mudassem.
Pela minha parte tenho apenas isto a acrescentar: dei sempre a cara por tudo aquilo que escrevi. Os teóricos do jornalismo, os jornalistas de missão, nunca souberam compreender que não é todos os dias que alguém se expõe a esse nível.
Para que conste, não sou nenhuma criança imberbe armada em idealista: tenho 29 anos, um filho que depende de mim, sou muito mais adulto do que muitas almas maduras que por aqui passaram. Dei a cara e, em troca, recebi uma absurda profusão de sofismos.
Quero ainda salientar que, nos locais próprios, não me coibirei de falar de tudo o que aqui denunciei. Este local, por muitos dos convidados que atraiu (não todos, reafirmo-o) não é o local certo para lutas destas. Todas essas pessoas, e elas sabem que é delas que falo, não mereciam a existência deste blog.
Este blog, e a coragem de quem nele escreve, está decénios à frente da vossa verborreia cínica.
Pela minha parte, hoje termina a minha participação no Diário. Desiludido com o que é o jornalismo em Portugal e, mais grave ainda, com o que este tende a ser. É preocupante pensarmos nisso quando vemos tudo o que foi escrito sobre o Diário. O jornalismo, infelizmente, segue a lógica de crescimento dos detestáveis aparelhos partidários: compadrios, defesa da classe ?!?!?, defesa enjoativa de eventuais estatutos adquiridos...
De uma coisa estou certo, citando o deputado José Magalhães, nunca encontrarão quem dê a cara como nós, e eu, demos.
Até sempre.
Ricardo Simães.
PS- Uma palavra de apreço para algumas das pessoas que, no bom sentido, mais me marcaram durante estes meses: O Miguel Barros, a jornalista desempregada (mas tem cuidado com os comments no teu blog. O paternalismo que demonstram é repulsivo), o Nélson, o Miguel Beirão, o Rui Tukayana, o Silva, o Sérgio Oliveira, o Pedro Fonseca, o Tiago, o Sr. Ortiz e, claro, todos os meus colegas bloggers. As minhas desculpas a quem eu possa ter esquecido... Para todos um abraço do tamanho do mundo.
Ricardo.
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Sucede, no entanto, que das inúmeras visitas que este blog recebeu, apenas uma pequena minoria (à qual agradeço) soube interpretar o que aqui se estava a passar. As outras, infelizmente, mostraram-se mais interessadas em questiúnculas marginais (é jornalismo? não é jornalismo?) que apenas mostram bem a podridão que, de uma forma geral, assola este meio no nosso país... Para quem, em tantos blogs, e não apenas neste, fala da missão do jornalismo, custa-me compreender como não viram nestas denúncias uma missão para o jornalismo que tanto, numa verborreia enjoativa, apregoam.
Neste ponto faço questão de ressalvar o comportamento do Pedro Fonseca, jornalista do Público, que foi o único que, apesar de algumas trocas de palavras menos agradáveis que tivemos, compreendeu o que estava aqui em causa. Todos os outros, tanto discutiram jornalismo e, no fim, o que se viu foi praticamente todos serem péssimos jornalistas, reféns de estatutos adquiridos ou, pior ainda, de estatutos que procuram, desesperadamente, adquirir.
Alguém escreveu que podíamos estar a fazer uma revolução... Pois podíamos. E, eu, pela minha parte, fiz o mais complicado: dei os nomes às coisas e assinei com o meu próprio nome. Pus-me perante a eventualidade de vir a ser alvo de vários processos, mas como acreditava que fazia algo válido, achei que não podia, nem queria, desistir.
O tempo veio-me mostrar que muitas pessoas que participaram (com os seus comments) neste blog, não souberam como interpretar essa atitude. E interpretaram-na da pior maneira possível... Por isso, quando leio que podia estar a fazer uma revolução, respondo que sim, mas respondo também que essa revolução não surgiu porque os portugueses continuam a ser, como dizia um músico lusitano, "carneirada mole". Preferem continuar os seus debates intelectualmente esclarecidos no espaço virtual, ao invés de se unirem, de mostrarem uma real vontade de revolucionar o que está mal, de alterar o que precisa de ser mudado.
O jornalismo, neste país, continuará a ser um espelho fiel do próprio país: amorfo, sem capacidade crítica para o que verdadeiramente interessa, sem coragem para sair dos seus feudos de compradios e de lugares estabelecidos, para se unir numa causa que, para lá de todas as conjecturas, se reporta aos mais elementares direitos que a Constituição de Abril consagrou.
Esta era uma oportunidade. Foi perdida. Foi perdida porque eu, pela minha parte, recuso-me a continuar a escrever para entreter intelectuais da era virtual. Será perdida porque os meus colegas continuarão a lutar pelos seus direitos nos lugares próprios, nos tribunais. Este lugar transformou-se num pântano em que o que de pior existe na mentalidade portuguesa (mentalidade expressa nos comments e em todos as referências feitas a este Diário noutros blogs) lentamente faz submergir o que, por princípio, seria o passo primeiro para que todas as coisas mudassem.
Pela minha parte tenho apenas isto a acrescentar: dei sempre a cara por tudo aquilo que escrevi. Os teóricos do jornalismo, os jornalistas de missão, nunca souberam compreender que não é todos os dias que alguém se expõe a esse nível.
Para que conste, não sou nenhuma criança imberbe armada em idealista: tenho 29 anos, um filho que depende de mim, sou muito mais adulto do que muitas almas maduras que por aqui passaram. Dei a cara e, em troca, recebi uma absurda profusão de sofismos.
Quero ainda salientar que, nos locais próprios, não me coibirei de falar de tudo o que aqui denunciei. Este local, por muitos dos convidados que atraiu (não todos, reafirmo-o) não é o local certo para lutas destas. Todas essas pessoas, e elas sabem que é delas que falo, não mereciam a existência deste blog.
Este blog, e a coragem de quem nele escreve, está decénios à frente da vossa verborreia cínica.
Pela minha parte, hoje termina a minha participação no Diário. Desiludido com o que é o jornalismo em Portugal e, mais grave ainda, com o que este tende a ser. É preocupante pensarmos nisso quando vemos tudo o que foi escrito sobre o Diário. O jornalismo, infelizmente, segue a lógica de crescimento dos detestáveis aparelhos partidários: compadrios, defesa da classe ?!?!?, defesa enjoativa de eventuais estatutos adquiridos...
De uma coisa estou certo, citando o deputado José Magalhães, nunca encontrarão quem dê a cara como nós, e eu, demos.
Até sempre.
Ricardo Simães.
PS- Uma palavra de apreço para algumas das pessoas que, no bom sentido, mais me marcaram durante estes meses: O Miguel Barros, a jornalista desempregada (mas tem cuidado com os comments no teu blog. O paternalismo que demonstram é repulsivo), o Nélson, o Miguel Beirão, o Rui Tukayana, o Silva, o Sérgio Oliveira, o Pedro Fonseca, o Tiago, o Sr. Ortiz e, claro, todos os meus colegas bloggers. As minhas desculpas a quem eu possa ter esquecido... Para todos um abraço do tamanho do mundo.
Ricardo.
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quarta-feira, junho 23, 2004
Laços com o Brasil
Há cerca de um ano atrás (um pouco mais) o PJPub começou a ter muitos colaboradores brasileiros. O que é que isto tem de especial, perguntar-se-ão as pessoas? Bem, o melhor será contar a história e, depois, cada um poderá fazer o seu próprio juízo.
Numa passagem de ano no Brasil, Eduardo Costa e/ou José Freitas tiveram uma ideia excelente. Contratar cidadãos de nacionalidade brasileira para trabalharem como comerciais no "O Primeiro de Janeiro". Assim, foi colocado um anúncio em vários jornais daquele país, anúncio esse que pedia pessoas para trabalharem em «jornal centenário, com a maior tiragem diária em Portugal". Parece uma piada a segunda parte da frase, mas não é... Por outro lado, para além de boas condições salariais, as viagens seriam pagas pela entidade empregadora.
Foi feita a selecção entre aqueles que responderam a esse anúncio e, pouco tempo depois, as pessoas escolhidas estavam em Portugal, na cidade do Porto, prontas a começarem a trabalhar nesse jornal centenário.
Vamos por pontos: em primeiro lugar, foi-lhes retirado o passaporte, sendo que o mesmo só lhes seria devolvido quando, com a venda de contratos de publicidade, pagassem o valor da passagem aérea...
Em segundo lugar, esses cidadãos brasileiros ficaram a morar num apartamento que Eduardo Costa alugou para eles. Todas as semanas, a cada um, eram dados 50 euros que deveriam cobrir as suas despesas semanais. Ao fim de um mês, estaríamos a falar de 200 euros. Este valor era descontado no vencimento desses funcionários, pelo que nunca o chegavam a ver.
Em terceiro lugar: porque razão iria Eduardo Costa e/ou José Freitas apostar em trabalhadores brasileiros, quando seria certo que, por questões de adaptação cultural, iriam demorar algum tempo até conseguirem começar a facturar? E, mesmo assim, não era certo que viessem a ser comerciais com grande sucesso... Assim sendo, porquê a aposta?
Estreitar laços com o Brasil? No lo creo...
E se fosse dar-lhes uma percentagem comissional menor em cada venda, ficando assim o sector comercial a lucrar mais? Já me parece mais credível...
O que aconteceu? Nada... Estou eu agora, aqui, a contar uma história que tanta gente conhece mas que, por outro lado, até poderia parecer nunca ter existido...
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Numa passagem de ano no Brasil, Eduardo Costa e/ou José Freitas tiveram uma ideia excelente. Contratar cidadãos de nacionalidade brasileira para trabalharem como comerciais no "O Primeiro de Janeiro". Assim, foi colocado um anúncio em vários jornais daquele país, anúncio esse que pedia pessoas para trabalharem em «jornal centenário, com a maior tiragem diária em Portugal". Parece uma piada a segunda parte da frase, mas não é... Por outro lado, para além de boas condições salariais, as viagens seriam pagas pela entidade empregadora.
Foi feita a selecção entre aqueles que responderam a esse anúncio e, pouco tempo depois, as pessoas escolhidas estavam em Portugal, na cidade do Porto, prontas a começarem a trabalhar nesse jornal centenário.
Vamos por pontos: em primeiro lugar, foi-lhes retirado o passaporte, sendo que o mesmo só lhes seria devolvido quando, com a venda de contratos de publicidade, pagassem o valor da passagem aérea...
Em segundo lugar, esses cidadãos brasileiros ficaram a morar num apartamento que Eduardo Costa alugou para eles. Todas as semanas, a cada um, eram dados 50 euros que deveriam cobrir as suas despesas semanais. Ao fim de um mês, estaríamos a falar de 200 euros. Este valor era descontado no vencimento desses funcionários, pelo que nunca o chegavam a ver.
Em terceiro lugar: porque razão iria Eduardo Costa e/ou José Freitas apostar em trabalhadores brasileiros, quando seria certo que, por questões de adaptação cultural, iriam demorar algum tempo até conseguirem começar a facturar? E, mesmo assim, não era certo que viessem a ser comerciais com grande sucesso... Assim sendo, porquê a aposta?
Estreitar laços com o Brasil? No lo creo...
E se fosse dar-lhes uma percentagem comissional menor em cada venda, ficando assim o sector comercial a lucrar mais? Já me parece mais credível...
O que aconteceu? Nada... Estou eu agora, aqui, a contar uma história que tanta gente conhece mas que, por outro lado, até poderia parecer nunca ter existido...
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domingo, junho 20, 2004
IP: 62.48.192.57
Tiago Vidal Pinheiro, foi com este IP 62.48.192.57 que, no dia 22/04/2004 deixaste os teus primeiros comentários, devidamente identificados, neste blog. Foi com este mesmo IP: 62.48.192.57 que o "Abelha" deixou todos os seus comentários, à excepção daquele em que se identificou com o teu nome. Este ip: 62.48.192.57 foi por ti utilizado esta semana quando, novamente, deixaste comments identificados...
Sabes o que sou levado a concluir? Calma, não penses, como qualquer pessoa poderia pensar, que o "Abelha" e tu são a mesma pessoa... Não é isso... Depois, dá-te para meteres a Judiciária no assunto e tudo... Assim sendo, tem lá calma a lê até ao fim: querias saber quem é o "Abelha"? Eu também... E, pelo que acima demonstrei, posso até continuar sem saber quem ele é, mas de algo tenho a certeza: tem que ser alguém bem próximo de ti.
Alguém que, não sendo tu (o que muita gente pode, através da análise fria dos dados, pensar, mas que eu prefiro pensar que não...) utiliza o mesmo computador que a tua pessoa...
Uma última nota: este ip não foi utilizado por mais ninguém, anónimo ou não.
Só por ti, Tiago, e por ti, Abelha...
E nada mais tenho a acrescentar a este assunto.
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Tiago Vidal Pinheiro, foi com este IP 62.48.192.57 que, no dia 22/04/2004 deixaste os teus primeiros comentários, devidamente identificados, neste blog. Foi com este mesmo IP: 62.48.192.57 que o "Abelha" deixou todos os seus comentários, à excepção daquele em que se identificou com o teu nome. Este ip: 62.48.192.57 foi por ti utilizado esta semana quando, novamente, deixaste comments identificados...
Sabes o que sou levado a concluir? Calma, não penses, como qualquer pessoa poderia pensar, que o "Abelha" e tu são a mesma pessoa... Não é isso... Depois, dá-te para meteres a Judiciária no assunto e tudo... Assim sendo, tem lá calma a lê até ao fim: querias saber quem é o "Abelha"? Eu também... E, pelo que acima demonstrei, posso até continuar sem saber quem ele é, mas de algo tenho a certeza: tem que ser alguém bem próximo de ti.
Alguém que, não sendo tu (o que muita gente pode, através da análise fria dos dados, pensar, mas que eu prefiro pensar que não...) utiliza o mesmo computador que a tua pessoa...
Uma última nota: este ip não foi utilizado por mais ninguém, anónimo ou não.
Só por ti, Tiago, e por ti, Abelha...
E nada mais tenho a acrescentar a este assunto.
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quarta-feira, junho 09, 2004
A (i)legalidade
Quando Eduardo Costa tomou conta da empresa "O Primeiro de Janeiro, S.A" esta encontrava-se atolada em dívidas. Estas dívidas tinham , como credores, a Segurança Social, o o Fisco, bem como muitos outros particulares e empresas.
Isto sucedeu há uns anos atrás. Passado todo este tempo, Eduardo Costa conseguiu que o "Janeiro" nunca saísse das bancas, mantendo em circulação um dos mais antigos jornais diários portugueses. Porém, o passivo da empresa "O Primeiro de Janeiro" mantém-se. Porquê? Ora bem, poder-se-ia dizer que esta seria uma situação que agradaria a Eduardo costa dado que, se a empresa apresentasse lucros, estes teriam que ser canalizados para o pagamento dos milhões de euros a que os supracitado credores têm direito.
Pondo de lado questões subjectivas, a realidade é que , ainda hoje, a empresa "O Primeiro de Janeiro SA" apresenta o mesmo passivo. A contradição nisto tudo surge quando constatamos que o seu administrador, Eduardo Costa, tem vindo, ao longo destes anos a enriquecer... Como será possível enriquecer quando a Empresa que detemos não apresenta resultados positivos? A resposta lógica será: quando enriquecemos através de outras empresas que são nossa propriedade, entrando num jogo promíscuo de empresas que, afinal, não são o que parecem.
É isto o que tem sucedido com Eduardo Costa. Passo a explicar: A Folha Cultural é um grupo económico que engloba "O Primeiro de Janeiro", uma gráfica denominada "Coradze", situada em Oliveira de Azeméis, e uma empresa de prestação de serviços chamada "Folio", para além de vários outros jornais regionais.
Os suplementos temáticos que, quase diariamente, "O Primeiro de Janeiro" publica, são encomendados a essa outra empresa, a "Folio". Para os devidos efeitos , a "Folio", trata de todo o trabalho referente à edição dos suplementos temáticos (que, como é sabido, são a fonte angariadora de publicidade - e de lucros - do jornal). No final do mês, a Folio factura "O Primeiro de Janeiro" pelo trabalho desenvolvido. Curiosamente, o valor destas facturas coincide com o dinheiro que a empresa "O Primeiro de Janeiro" tem em conta. Ou seja, depois de pagar à Fólio, "O Primeiro de Janeiro, S. A." depara-se, novamente sem qualquer tipo de lucros. Se assim não fosse, e uma vez que se encontra em falência técnica, teria que pagar à Segurança Social, ao Fisco e a imensos credores particulares.
Não deixa de ser curioso que os valores facturados pela Folio garantam que "O Primeiro de Janeiro" continue numa situação de passivo acumulado, sem retorno à vista.
Posto isto, tanto os suplementos temáticos como a edição do dia do PJ são imprimidos na Coradze. Ou seja, mais gastos para o "O Primeiro de Janeiro"... vendo assim, não admira que, economicamente, este matutino não saia do atoleiro em que, há anos, se encontra. Dizem fontes por mim contactadas, que a Coradze, uma vez que imprime muito outros jornais regionais, o faz a preços inflaccionados, por forma a baixar a tabela aplicada ao "Janeiro" e aos seus suplementos temáticos... Uma forma de garantir que, em consonância com os tempos difíceis que supostamente vive, o "Janeiro" opta pela gráfica mais, digamos assim, em conta? Pode ser... Ou não...
O "Janeiro" tem, por norma, declarar o salário mínimo nacional como vencimento de todos os seus trabalhadores. Depois, uns dias mais tarde, aparece um cheque, tax free, que completa os ordenados reais. Porquê? Uma vez mais, porque o "Janeiro" não pode apresentar lucro algum. É por essa mesma razão que as comissões dos comerciais do PJPUB são pagas à parte, em cheque, sem que o Fisco suspeite da sua existência. Fraude fiscal? Claro que sim.
Que temos então aqui? Temos um senhor, chamado Eduardo Costa que, pasme-se, é administrador não apenas do "Janeiro", mas também da Folio e da Coradze. Ou seja, se é certo que o Janeiro permanece no atoleiro, o Sr. Eduardo Costa enriquece, dia após dia, por que o conseguiu, através de um estragema legal. Estratagema legal sim, porque isto, a menos que se pudesse comprovar a existência de burla corresponde aos mais puritanos indíces de legalidade. Não posso dizer o mesmo no que à justiça concerne e, perdoem-me, mas sempre acreditei que deve ser a justiça a base da legalidade, e nunca o contrário.
Assim, enquanto o Sr. Eduardo Costa puder enriquecer com a Folio e com a Coradze, tornará sempre a empresa "O Primeiro de Janeiro, SA" a marca através da qual consegue contratos publicitários que enriquecem a Folio, e o seu administrador, ao mesmo tempo que nada fará para levantar o PJ do charco. Bem vistas as coisas, não será errado dizer que, para o Sr. Eduardo Costa, o PJ deverá estar sempre no charco. Quando deixar de o estar, ele terá que pagar todo o passivo que assumiu quando se comprou a empresa. E isso, claro está, seria a sua falência. Esta legalidade escrupulosamente cumprida tem sido o garante do seu enriquecimento permanente. Numa época em que a justiça quer dar de si própria uma imagem de eficiência, de incorruptibilidade, seria, porventura, importante, investigar estes esquemas legais que visam, apenas, encobrir atitudes em que o défice de legalidade e de justiça é, por demais, evidente.
Já o disse antes, noutra situação. Estou disponível para responder a todas as questões que, em sede própria me forem colocadas.
Sabem, em conclusão, o que é o mais importante aqui? É ver que um jornal com mais de cem anos de história pode vir a acabar os seus dias como vítima ideal de um indivíduo que, como tantos outros por esse país fora, esquece valores e moralidade e pensa, exclusivamente, em enriquecer, cada vez mais, à custa seja de quem for. Nem que seja à custa de uma parte incontornável do jornalismo português: o jornal "O Primeiro de Janeiro".
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Isto sucedeu há uns anos atrás. Passado todo este tempo, Eduardo Costa conseguiu que o "Janeiro" nunca saísse das bancas, mantendo em circulação um dos mais antigos jornais diários portugueses. Porém, o passivo da empresa "O Primeiro de Janeiro" mantém-se. Porquê? Ora bem, poder-se-ia dizer que esta seria uma situação que agradaria a Eduardo costa dado que, se a empresa apresentasse lucros, estes teriam que ser canalizados para o pagamento dos milhões de euros a que os supracitado credores têm direito.
Pondo de lado questões subjectivas, a realidade é que , ainda hoje, a empresa "O Primeiro de Janeiro SA" apresenta o mesmo passivo. A contradição nisto tudo surge quando constatamos que o seu administrador, Eduardo Costa, tem vindo, ao longo destes anos a enriquecer... Como será possível enriquecer quando a Empresa que detemos não apresenta resultados positivos? A resposta lógica será: quando enriquecemos através de outras empresas que são nossa propriedade, entrando num jogo promíscuo de empresas que, afinal, não são o que parecem.
É isto o que tem sucedido com Eduardo Costa. Passo a explicar: A Folha Cultural é um grupo económico que engloba "O Primeiro de Janeiro", uma gráfica denominada "Coradze", situada em Oliveira de Azeméis, e uma empresa de prestação de serviços chamada "Folio", para além de vários outros jornais regionais.
Os suplementos temáticos que, quase diariamente, "O Primeiro de Janeiro" publica, são encomendados a essa outra empresa, a "Folio". Para os devidos efeitos , a "Folio", trata de todo o trabalho referente à edição dos suplementos temáticos (que, como é sabido, são a fonte angariadora de publicidade - e de lucros - do jornal). No final do mês, a Folio factura "O Primeiro de Janeiro" pelo trabalho desenvolvido. Curiosamente, o valor destas facturas coincide com o dinheiro que a empresa "O Primeiro de Janeiro" tem em conta. Ou seja, depois de pagar à Fólio, "O Primeiro de Janeiro, S. A." depara-se, novamente sem qualquer tipo de lucros. Se assim não fosse, e uma vez que se encontra em falência técnica, teria que pagar à Segurança Social, ao Fisco e a imensos credores particulares.
Não deixa de ser curioso que os valores facturados pela Folio garantam que "O Primeiro de Janeiro" continue numa situação de passivo acumulado, sem retorno à vista.
Posto isto, tanto os suplementos temáticos como a edição do dia do PJ são imprimidos na Coradze. Ou seja, mais gastos para o "O Primeiro de Janeiro"... vendo assim, não admira que, economicamente, este matutino não saia do atoleiro em que, há anos, se encontra. Dizem fontes por mim contactadas, que a Coradze, uma vez que imprime muito outros jornais regionais, o faz a preços inflaccionados, por forma a baixar a tabela aplicada ao "Janeiro" e aos seus suplementos temáticos... Uma forma de garantir que, em consonância com os tempos difíceis que supostamente vive, o "Janeiro" opta pela gráfica mais, digamos assim, em conta? Pode ser... Ou não...
O "Janeiro" tem, por norma, declarar o salário mínimo nacional como vencimento de todos os seus trabalhadores. Depois, uns dias mais tarde, aparece um cheque, tax free, que completa os ordenados reais. Porquê? Uma vez mais, porque o "Janeiro" não pode apresentar lucro algum. É por essa mesma razão que as comissões dos comerciais do PJPUB são pagas à parte, em cheque, sem que o Fisco suspeite da sua existência. Fraude fiscal? Claro que sim.
Que temos então aqui? Temos um senhor, chamado Eduardo Costa que, pasme-se, é administrador não apenas do "Janeiro", mas também da Folio e da Coradze. Ou seja, se é certo que o Janeiro permanece no atoleiro, o Sr. Eduardo Costa enriquece, dia após dia, por que o conseguiu, através de um estragema legal. Estratagema legal sim, porque isto, a menos que se pudesse comprovar a existência de burla corresponde aos mais puritanos indíces de legalidade. Não posso dizer o mesmo no que à justiça concerne e, perdoem-me, mas sempre acreditei que deve ser a justiça a base da legalidade, e nunca o contrário.
Assim, enquanto o Sr. Eduardo Costa puder enriquecer com a Folio e com a Coradze, tornará sempre a empresa "O Primeiro de Janeiro, SA" a marca através da qual consegue contratos publicitários que enriquecem a Folio, e o seu administrador, ao mesmo tempo que nada fará para levantar o PJ do charco. Bem vistas as coisas, não será errado dizer que, para o Sr. Eduardo Costa, o PJ deverá estar sempre no charco. Quando deixar de o estar, ele terá que pagar todo o passivo que assumiu quando se comprou a empresa. E isso, claro está, seria a sua falência. Esta legalidade escrupulosamente cumprida tem sido o garante do seu enriquecimento permanente. Numa época em que a justiça quer dar de si própria uma imagem de eficiência, de incorruptibilidade, seria, porventura, importante, investigar estes esquemas legais que visam, apenas, encobrir atitudes em que o défice de legalidade e de justiça é, por demais, evidente.
Já o disse antes, noutra situação. Estou disponível para responder a todas as questões que, em sede própria me forem colocadas.
Sabem, em conclusão, o que é o mais importante aqui? É ver que um jornal com mais de cem anos de história pode vir a acabar os seus dias como vítima ideal de um indivíduo que, como tantos outros por esse país fora, esquece valores e moralidade e pensa, exclusivamente, em enriquecer, cada vez mais, à custa seja de quem for. Nem que seja à custa de uma parte incontornável do jornalismo português: o jornal "O Primeiro de Janeiro".
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quarta-feira, junho 02, 2004
Esclarecimentos
Para além dos comentários que aqui têm sido colocados, tenho recebido alguns e-mails a solicitarem-me informações acerca da importância da passada segunda-feira. Pois bem; chegou a altura de partilhar convosco, (apenas) algumas informações. Tudo tem o seu timing; tudo na vida tem o seu tempo, e o meu é muito precioso. Sempre foi e sempre o será.
Sempre aqui falei na primeira pessoa do singular. Eu, eu e somente eu. Apenas e tão só, falo por mim, uma vez que tudo aquilo que tenho feito, faço-o sozinho, é apenas em meu nome e em nome de mais ninguém. Serve esta pequena introdução para explicar aquilo que tenho feito e/ou vindo a fazer.
Já todos estão fartos de saber que foram três, as pessoas alvo de despedimento e, se mais não tenho dito, é tão só no sentido de me proteger e de precaver os meus interesses. Se tudo aqui contasse, estaria a dar trunfos aos meus inimigos; e eu não quero que isso aconteça. Até porque, sei de fonte segura que a consulta a este blog é efectuada, religiosamente e todos os dias, por um vendedor daquele pasquim, onde eu tive a infeliz oportunidade de ter trabalhado dois anos e dois meses. De seguida, esse vendedor (casado e pai de filhos) faz um report, completo e exaustivo, àquele que foi, para mal dos meus pecados, o meu chefe.
Faço aqui um parentesis para enviar um abraço e um beijinho a todos(as) aqueles(as) excelentes profissionais com quem tive o enorme prazer de trabalhar - falo, claro, dos jornalistas -, e que, desde que me vim embora, nunca mais falei ou encontrei.
Dizem que a vingança é um prato que se come frio. Eu ainda o estou a cozinhar e ele só estava na primeira fervura. Posto isto, aquilo que tenho feito, basicamente, resume-se ao seguinte: tenho andado a lutar por aquilo que, por direito, é meu. Tão simples como isto. E, a passada segunda-feira foi importante, na medida em que passei o meu cozinhado para a segunda fervura. Acrescentei mais uns ingredientes e já está, novamente, a ferver. A justiça está a andar, ao seu ritmo, mas o mais importante, é que se vai fazer justiça. Sei-o agora; sei-o desde segunda-feira. E, mais uma vez aqui reitero que não tenho nada a perder. Outros, têm muito a perder e, esses sim, vão perder.
Já não têm conta as queixas e/ou reclamações que tenho vindo a fazer, um pouco por todo o lado. Já não têm conta a quantidade de entrevistas que tenho dado a outros jornalistas, para explicar o que se passou. Já não têm conta, a quantidade de artigos que tenho recortado e guardado e que têm sido publicados nos diversos órgãos de comunicação social. E também já não têm conta, a quantidade de e-mails que tenho respondido, a futuros jornalistas que me têm questionado acerca de toda esta polémica. Afinal, ainda há para aí muito boa gente que não sabe o que são suplementos temáticos, apesar de tropeçarem neles todo o santo dia.
Paralelamente a tudo isto, tenho aproveitado este fantástico sol para conhecer o nosso País. Não há nada melhor do que passear para recuperar a nossa integridade, quer física, quer mental, perdida e desperdiçada ao longo destes últimos dois anos e dois meses.
P.S.: Se alguém, entretanto, possuir dicas, informações ou algo do género, faça o favor de mas enviar para este e-mail. Agradeço eu, o Sérgio, a Dina, o Ricardo e todos os jornalistas que se sentem e/ou sentiram enganados/ludibriados com este jornaleco.
Sempre aqui falei na primeira pessoa do singular. Eu, eu e somente eu. Apenas e tão só, falo por mim, uma vez que tudo aquilo que tenho feito, faço-o sozinho, é apenas em meu nome e em nome de mais ninguém. Serve esta pequena introdução para explicar aquilo que tenho feito e/ou vindo a fazer.
Já todos estão fartos de saber que foram três, as pessoas alvo de despedimento e, se mais não tenho dito, é tão só no sentido de me proteger e de precaver os meus interesses. Se tudo aqui contasse, estaria a dar trunfos aos meus inimigos; e eu não quero que isso aconteça. Até porque, sei de fonte segura que a consulta a este blog é efectuada, religiosamente e todos os dias, por um vendedor daquele pasquim, onde eu tive a infeliz oportunidade de ter trabalhado dois anos e dois meses. De seguida, esse vendedor (casado e pai de filhos) faz um report, completo e exaustivo, àquele que foi, para mal dos meus pecados, o meu chefe.
Faço aqui um parentesis para enviar um abraço e um beijinho a todos(as) aqueles(as) excelentes profissionais com quem tive o enorme prazer de trabalhar - falo, claro, dos jornalistas -, e que, desde que me vim embora, nunca mais falei ou encontrei.
Dizem que a vingança é um prato que se come frio. Eu ainda o estou a cozinhar e ele só estava na primeira fervura. Posto isto, aquilo que tenho feito, basicamente, resume-se ao seguinte: tenho andado a lutar por aquilo que, por direito, é meu. Tão simples como isto. E, a passada segunda-feira foi importante, na medida em que passei o meu cozinhado para a segunda fervura. Acrescentei mais uns ingredientes e já está, novamente, a ferver. A justiça está a andar, ao seu ritmo, mas o mais importante, é que se vai fazer justiça. Sei-o agora; sei-o desde segunda-feira. E, mais uma vez aqui reitero que não tenho nada a perder. Outros, têm muito a perder e, esses sim, vão perder.
Já não têm conta as queixas e/ou reclamações que tenho vindo a fazer, um pouco por todo o lado. Já não têm conta a quantidade de entrevistas que tenho dado a outros jornalistas, para explicar o que se passou. Já não têm conta, a quantidade de artigos que tenho recortado e guardado e que têm sido publicados nos diversos órgãos de comunicação social. E também já não têm conta, a quantidade de e-mails que tenho respondido, a futuros jornalistas que me têm questionado acerca de toda esta polémica. Afinal, ainda há para aí muito boa gente que não sabe o que são suplementos temáticos, apesar de tropeçarem neles todo o santo dia.
Paralelamente a tudo isto, tenho aproveitado este fantástico sol para conhecer o nosso País. Não há nada melhor do que passear para recuperar a nossa integridade, quer física, quer mental, perdida e desperdiçada ao longo destes últimos dois anos e dois meses.
P.S.: Se alguém, entretanto, possuir dicas, informações ou algo do género, faça o favor de mas enviar para este e-mail. Agradeço eu, o Sérgio, a Dina, o Ricardo e todos os jornalistas que se sentem e/ou sentiram enganados/ludibriados com este jornaleco.
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